Quais são as perspectivas para o futuro do last mile?

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As empresas têm buscado soluções para atender a demanda dos consumidores imediatistas. Desta forma, muitas alternativas para a entrega rápida têm surgido, que vão além do transportador tradicional. 

Para sobreviver neste mercado é preciso encontrar formas de se adaptar e entregar o que o cliente deseja. Veja algumas alternativas que norteiam o futuro do last mile. 

O futuro do last mile

Vivemos num mundo onde a transformação digital afeta diretamente as relações de consumo e a forma de atuação das organizações. Gradativamente a tecnologia vai invadindo processos, permitindo mais automação, mais otimização de recursos e, consequentemente, um resultado melhor na performance das cadeias de suprimentos. 

Para suportar essa transformação digital, as empresas que atuam no segmento de logística vêm passando por grandes mudanças. Processos inovadores e disrupção tecnológica passam a ser rotina, alterando as regras do jogo do mercado, das relações de consumo e da sociedade inteira. 

O crescimento do varejo online impulsionou o aumento de demandas na logística last mile. Dados do Fórum Econômico Mundial apontam que até 2030 as entregas na última milha poderão crescer em até 78%. Mas, ainda hoje, o maior número de reclamações dos consumidores diz respeito às entregas.

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Por isso, é preciso entender quais serão os desafios e consequências na performance das entregas e o que será preciso otimizar para manter a qualidade do serviço prestado e a sustentabilidade das operações. 

Neste contexto, alguns movimentos no mercado já são percebidos para otimização das entregas. Um exemplo é o investimento em novas soluções para reduzir o tempo de entrega e custo do processo, conheça alguns deles:

  • Lockers: pontos de coleta localizados estrategicamente próximos aos pontos de necessidade dos clientes finais; 
  • Pick-up points: locais comerciais que se tornam parceiros de entregas, tais como floriculturas, restaurantes, cafés e sorveterias que disponibilizam suas lojas como ponto de apoio; 
  • Social delivery: serviço colaborativo em que entregadores autônomos transportam itens dentro do mesmo bairro ou cidade em que vivem; 
  • Entrega noturna: entregar produtos após o horário comercial, observando a legislação local, segurança e regras em condomínios; 
  • Crowdshipping: entregas realizadas a pé ou de bicicleta por entregadores monitorados pelos consumidores no local de maior conveniência para o cliente; 
  • Ship from store: é o envio de produtos sem o uso de centros de distribuição. Em vez de deixar todo o estoque concentrado em apenas um local, as mercadorias ficam distribuídas nas próprias lojas físicas. 

Leia mais: Logística no varejo: conheça algumas modalidades de entrega

No exterior, vemos que nos Estados Unidos as entregas da Amazon Prime no mesmo dia e no dia seguinte se tornaram o padrão de fato no comércio eletrônico. As pessoas querem conveniência e gratificação instantânea, desejo evidenciado pelo fato de que aproximadamente 45% dos consumidores dos EUA são membros do Amazon Prime

Independentemente do segmento de negócio, as empresas que realizam entrega e desejam ser competitivas no mercado precisam investir no last mile. Tanto para acompanhar o comportamento do consumidor quanto para fidelizar os clientes. Além, é claro, de ter uma operação mais eficiente e com os custos reduzidos.

O céu é o limite para o futuro da última milha

O drone parecia uma realidade distante no mundo da logística de entregas no Brasil, mas em janeiro de 2022, pode-se dizer que este fato está próximo de se concretizar. Passamos dos testes para, finalmente, chegarmos à prática.

Em uma notícia divulgada no site do Ifood, a empresa comunicou uma parceria Speedbird Aero, se tornando a  primeira empresa das Américas autorizada a realizar entregas usando drones, ou RPAs (Aeronave Remotamente Pilotada), em todo o território brasileiro.

Essa autorização, concedida pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para uso diário comercial, é inédita no mercado e no continente. Com ela, os drones são liberados para realizar entregas com cargas de até 2,5 quilos em um raio de 3 quilômetros, inclusive em ambientes urbanos, mantendo margens de segurança estabelecidas no projeto.

Isso porque os drones fazem apenas uma parte do trajeto: eles levam os pedidos até um droneport (área específica e segura para pousos e decolagens de drones), onde são coletados por um parceiro entregador do iFood que completa a entrega fazendo o transporte até a porta dos clientes.

Clique aqui para conferir a matéria na íntegra! 

E quais são suas apostas para o futuro do last mile?

 

 

Drone na logística: seria o novo futuro das entregas de última milha?

drone

Entregas mais rápidas e com custo menor, esse é quase um mantra das empresas que realizam esse tipo de prestação de serviços. E não é difícil entender o motivo, a última milha – também conhecida como last mile – é uma das etapas mais caras da logística, representando pelo menos 24% dos custos operacionais.  

O custo de entrega é ainda maior no e-commerce. Um estudo divulgado pelo Instituto Ilos, aponta que o last mile pode representar até 45% do orçamento. Portanto, um grande desafio para os marketplaces é reduzir esses valores.  

Com o crescimento do comércio eletrônico, os varejistas que operam no meio digital estão buscando tecnologias para otimizarem a sua última milha. Prova disso é o uso de computação em nuvem, armários inteligentes, bicicletas elétricas, robôs e várias outras tendências logísticas para o setor

O mercado tem investido para que essas mudanças aconteçam. Um relatório da plataforma Distrito, que reúne dados de startups, mostra que foram investidos US$1,3 bilhão em logtechs nos últimos 10 anos.

Então, descubra porquê o drone na logística é uma grande aposta do setor!

O drone na logística seria uma nova alternativa para a última milha?

As entregas realizadas por drones prometem diminuir os prazos e reduzir os custos com transporte, porém, existem algumas objeções para colocar em prática essa usabilidade. 

Dentre os desafios estão algumas adaptações para esse modelo como: restrição de tamanho e peso do produto, tempo de autonomia no ar e a adaptação para acomodar as cargas de forma segura. Além disso, tudo precisa seguir a legislação para essa modalidade. 

Por isso, alguns testes já começaram a ser realizados no Brasil, um deles foi no segmento de delivery. Segundo Felipe Martins, diretor de inovação do IFood, em uma entrevista para o Valor Econômico, a empresa começou a operar em dezembro com drones, ainda em caráter experimental, para realizar uma etapa intermediária da entrega de pedidos. 

Outro estudo mais recente do Illos mostra que apenas 15% das empresas já utilizam drone em alguma etapa de suas operações e pelo menos 36%, esperam aumentar ou iniciar nos próximos anos. Para isso, foram ouvidas 73 companhias de maior faturamento no país e de setores distintos. 

De acordo com Maria Fernanda Hijar, sócia do Ilos, nenhuma empresa conseguiu escalar o uso do drone, principalmente, quando se relaciona ao consumidor final. Devido ao custo elevado e restrições de regulamentações. 

A pouca representatividade de drones na logística não significa a falta de inovação no setor. Segundo uma pesquisa do Ilos, 92% das empresas já usam algum serviço de computação em nuvem, 58% já fazem uso de inteligência artificial, 51% usam robôs em seus armazéns e 32% algum tipo de veículo autônomo. 

Qual é sua aposta para o uso de drone ou outras tecnologias? Deixe aqui nos comentários.

Fonte: Valor Econômico