A última milha pode comprometer até 45% do custo operacional.
Drone na logística: seria o novo futuro das entregas de última milha?
Publicado em
26 de janeiro de 2021
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Entregas mais rápidas e com custo menor, esse é quase um mantra das empresas que realizam esse tipo de prestação de serviços. E não é difícil entender o motivo, a última milha – também conhecida como last mile – é uma das etapas mais caras da logística, representando pelo menos 24% dos custos operacionais.
O custo de entrega é ainda maior no e-commerce. Um estudo divulgado pelo Instituto Ilos, aponta que o last mile pode representar até 45% do orçamento. Portanto, um grande desafio para os marketplaces é reduzir esses valores.
Com o crescimento do comércio eletrônico, os varejistas que operam no meio digital estão buscando tecnologias para otimizarem a sua última milha. Prova disso é o uso de computação em nuvem, armários inteligentes, bicicletas elétricas, robôs e várias outras tendências logísticas para o setor.
O mercado tem investido para que essas mudanças aconteçam. Um relatório da plataforma Distrito, que reúne dados de startups, mostra que foram investidos US$1,3 bilhão em logtechs nos últimos 10 anos.
Então, descubra porquê o drone na logística é uma grande aposta do setor!
O drone na logística seria uma nova alternativa para a última milha?
As entregas realizadas por drones prometem diminuir os prazos e reduzir os custos com transporte, porém, existem algumas objeções para colocar em prática essa usabilidade.
Dentre os desafios estão algumas adaptações para esse modelo como: restrição de tamanho e peso do produto, tempo de autonomia no ar e a adaptação para acomodar as cargas de forma segura. Além disso, tudo precisa seguir a legislação para essa modalidade.
Por isso, alguns testes já começaram a ser realizados no Brasil, um deles foi no segmento de delivery. Segundo Felipe Martins, diretor de inovação do IFood, em uma entrevista para o Valor Econômico, a empresa começou a operar em dezembro com drones, ainda em caráter experimental, para realizar uma etapa intermediária da entrega de pedidos.
Outro estudo mais recente do Illos mostra que apenas 15% das empresas já utilizam drone em alguma etapa de suas operações e pelo menos 36%, esperam aumentar ou iniciar nos próximos anos. Para isso, foram ouvidas 73 companhias de maior faturamento no país e de setores distintos.
De acordo com Maria Fernanda Hijar, sócia do Ilos, nenhuma empresa conseguiu escalar o uso do drone, principalmente, quando se relaciona ao consumidor final. Devido ao custo elevado e restrições de regulamentações.
A pouca representatividade de drones na logística não significa a falta de inovação no setor. Segundo uma pesquisa do Ilos, 92% das empresas já usam algum serviço de computação em nuvem, 58% já fazem uso de inteligência artificial, 51% usam robôs em seus armazéns e 32% algum tipo de veículo autônomo.
Qual é sua aposta para o uso de drone ou outras tecnologias? Deixe aqui nos comentários.
Fonte: Valor Econômico
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