Comportamento do consumidor: quais as perspectivas para o e-commerce em 2023?

comportamento do consumidor

Diferente de alguns setores, o mercado online tem muito a comemorar nos últimos anos. Depois das incertezas da pandemia, o consumidor brasileiro manteve como seu “novo normal” o hábito de realizar compras virtuais.

Quem saiu lucrando foram as empresas que já faziam parte deste universo ou se adaptaram para sobreviverem neste cenário. Segundo a ABComm Forekast (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), em 2021 foi atingido um número histórico de R$150,82 bilhões movimentados, um crescimento de mais de R$18 bilhões em comparação ao esperado para 2022, quando mais um recorde será batido. A previsão é faturar R$169,59 bilhões.

Diante deste cenário, vamos trazer algumas perspectivas do que aconteceu no e-commerce neste ano, o que as empresas podem aguardar para 2023. Continue a leitura! 

O comportamento do consumidor no e-commerce 

Antes de analisar qualquer dado do mercado, vale a pena refletir quais fatores levam ao aumento do consumo online. Uma pesquisa realizada pela Opinion Box em parceria com a Octadesk, levantou como principais motivadores três aspectos: preço, praticidade e promoções. 

De acordo com a pesquisa, nesse sentido, 73% consideram o preço mais acessível no e-commerce do que nas lojas físicas. Além disso, 72% afirmaram que o motivo para comprarem no e-commerce é a praticidade de comprar sem precisar sair de casa e, para 69%, existem promoções que só encontram na internet.

Outras concepções é que o consumidor online já possui uma certa maturidade neste segmento. Cerca de 19% das pessoas já compram online há mais de 10 anos. 

As perspectivas para o futuro são animadoras para o setor, 7 em cada 10 entrevistados disseram que a frequência de compras online aumentou no último ano e 55% afirmaram que a frequência com que compram na internet aumentará nos próximos 12 meses.

Em relação às categorias mais procuradas pelos consumidores do comércio eletrônico, nos últimos 6 meses, os usuários compraram mais roupas (60%), eletrônicos (49%) e calçados (47%). 

No entanto, de quais segmentos as pessoas não comprariam produtos pela internet? De acordo com a pesquisa, 28% não comprariam óculos, 26%, colchões e 19%, medicamentos.

Ainda assim, a realidade pode mudar: 77% afirmam comprar online alguns produtos que, até algum tempo atrás, não imaginavam comprar nesse formato.

Cenário do e-commerce em 2022

Quando se fala de e-commerce, a Black Friday é uma data marcante para o segmento. Nesta perspectiva, vamos apresentar alguns dados de 2022. 

De acordo com um relatório publicado pela Conversion, a Black Friday 2022 representou o melhor resultado do ano em acessos, com um aumento de 18,8%. Em números absolutos, foram 2,63 bilhões de visitas únicas no mês – superando em 13% o melhor desempenho do ano (2,33 bilhões, em julho).

Neste ano, para além da alta já esperada na procura por eletrônicos e eletrodomésticos (39,3%), os segmentos que aproveitaram a demanda aquecida foram os de Esportes (43,7%) e o de Joias e Relógios, que experimentou o crescimento mais expressivo do relatório: 65%. 

Segmentos mais robustos do e-commerce também cresceram em tráfego em novembro, com destaque para os marketplaces, que tiveram 20% mais visitas do que no mês anterior. Com 1,15 bilhão de acessos, foi também o melhor desempenho do varejo eletrônico em 2022.  

Nesse contexto de alta, as plataformas e marcas que formam o e-commerce também ganharam visitantes. 

Os resultados mais expressivos foram da Magalu, que chegou a 141 milhões acessos únicos (alta de 38% na comparação a outubro), e da Americanas, que cresceu 34%, pulando de cerca de 91 milhões de visitas para 123 milhões em novembro. 

A chinesa Shopee aumentou seu tráfego em 25%, ganhando mais de 35 milhões de acessos no mês. As outras marcas que figuram no topo dessa lista tiveram curvas mais tímidas: o Mercado Livre, que segue na dianteira do ranking, teve alta de 5,1%. A Amazon Brasil subiu apenas 2%. 

Até setembro, a Amazon era líder do Share of Search, mas agora tem a concorrência da Stanley (50%), marca de copos térmicos que faz sucesso no Brasil desde o começo do ano, e a Loja do Mecânico, do segmento Automotivo (47%). A plataforma norte-americana soma 52% das buscas.

Tendências para o e-commerce em 2023

Quando falamos no valor de compra é interessante observar a evolução do ticket médio de compra e volume de pedidos gerados nos últimos anos. Em 2021, foi de R$455, um valor que praticamente não se alterou em relação a 2020 (R$453 por compra). Entretanto, foram 353 milhões de pedidos, alta de 16,9% em comparação com 2020, mostrando que as pessoas se aproximaram mais da modalidade de compra online.

Já para 2022 o ticket médio esperado é de R$460, com 368,68 milhões de pedidos. A projeção realizada pela ABComm Forekast calcula que, em 2023, o crescimento do e-commerce será de R$185,7 bilhões. O ticket médio pode subir para R$470 por compra, enquanto serão 395,1 milhões de pedidos e 87,8 milhões de compradores.

O papel das redes sociais

Quando pensamos em e-commerce não se limita apenas às transações realizadas por meio de um site. Atualmente é possível realizar todo o processo de compra – até mesmo o pagamento – sem sair de uma rede social.

Dessa forma, é inegável o papel que elas têm no cotidiano do consumidor digital. Além disso, para muitos, é nas redes sociais que os produtos desejados e suas respectivas lojas são encontrados. O Instagram, o Facebook e até o TikTok de uma loja podem ser importantes para que ela seja encontrada por quem mais importa.

De acordo com a Opinion Box, 66% pesquisam por produtos no Instagram antes da compra, 51%, no YouTube, 36% no Facebook e 11% no TikTok. Além disso, os anúncios nas redes sociais também geram bastante impacto nesse momento: 67% já compraram produtos que viram em anúncios nas mídias sociais.

O marketing de influência também exerce um grande impacto nas vendas online: 41% já compraram produtos indicados por influenciadores digitais. Entre essas pessoas, mais de 80% o fizeram por causa da rede de fotos e vídeos.

Logística no e-commerce

Não é apenas vender um produto online, a mercadoria deve chegar antes ou dentro do prazo acordado. Por isso, a logística é cada vez mais estratégica e influente na experiência de compra do consumidor. 

Uma das maiores reclamações do e-commerce está associada com atraso na entrega dos pedidos. Por isso, investir em tecnologia é um passo primordial para obter sucesso na operação de entregas. 

Quando se fala em gestão de entregas, alguns pontos são cruciais para o sucesso da entrega como:

  • Distribuição de cargas;
  • Planejamento de rotas;
  • Priorização de atendimento;
  • Jornada de trabalho dos motoristas;
  • Notificação aos clientes sobre o status do produto.

Além disso, um software permite obter dados estatísticos sobre a operação, que vão desde a quilometragem rodada ao monitoramento em tempo real. Desta forma, o gestor pode tomar decisões estratégicas para melhorar a prestação de serviços e até mesmo reduzir os custos logísticos. Para ter uma gestão de entregas mais efetiva, clique aqui e conheça a plataforma da Vuupt. 

Quais são as suas expectativas para o e-commerce em 2023?

Marketplace: o que é e como funciona este modelo de negócio

marketplace

O Marketplace pode ser definido como um shopping virtual, no qual diversos lojistas dividem a mesma plataforma. Ele funciona como um portal de vendas online colaborativo. 

Esse é um modelo de negócio que já é uma tendência e as principais empresas do mundo adotaram, em especial os varejistas. O marketplace é um instrumento para auxiliar os empresários a venderem mais no meio online. 

Isso acontece porque abre possibilidades para milhares de pessoas se tornarem empreendedoras, vendendo produtos ou serviços pela internet sem a necessidade de possuir uma loja física ou um grande investimento inicial. Além de ser um meio para ampliar a divulgação de quem já faz vendas online. 

Continue a leitura e descubra o porquê esse modelo de negócio está tanto em alta na mercado!  

Panorama do mercado de vendas online 

Em cenários econômicos adversos, como a pandemia, o brasileiro intensificou o seu lado empreendedor. Uma comprovação é que o país está entre os líderes quando falamos em quantidade de empreendedores. Quase 40% da população adulta faz parte dessa fatia de atuação profissional, representando 53,4 milhões de pessoas. 

Com a mudança do comportamento e perfil de compra dos consumidores, muitas dessas empresas migraram sua operação para o digital ou adicionaram o canal de venda online à sua estratégia de negócio.  Segundo a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), 150 mil novas lojas virtuais foram abertas entre os meses de março e julho de 2020.

Cerca de 80% dos novos empreendimentos optaram por vender em grandes plataformas de marketplace, como Amazon, Magazine Luiza, Americanas e Mercado Livre. Por isso, esse modelo de negócio é uma peça-chave para os lojistas que vendem online. 

Os números não deixam dúvidas, somente no ano passado, este mercado movimentou mais de R$ 200 bilhões, com perspectivas de de 20% de crescimento para 2021. Contudo, para obter resultados expressivos, é preciso se atentar aos detalhes de cada canal de venda digital, uma vez que cada um possui suas particularidades. 

A seguir, explicaremos como funciona um marketplace. 

O que é um marketplace?

O marketplace não é exatamente uma novidade no mercado. No Brasil, começou a ser mais difundido em 2012, mas ainda é um termo recente para os consumidores. 

Marketplace é, na realidade, uma junção de palavras: market (mercado, em inglês) e place (lugar, em inglês). É, basicamente, um lugar onde se faz comércio. O termo, em sua essência, é usado tanto para mercados de rua e feiras, quanto para os mercados virtuais e de negócios.

Em resumo, o marketplace é um site ou plataforma onde diversas empresas podem divulgar e vender seus produtos, como se fosse um shopping virtual, na qual os vendedores realizam ofertas para um público indeterminado de compradores.

Sua diferença para um e-commerce tradicional é que, neste caso, há vinculação a apenas uma marca ou dono, enquanto que o marketplace reúne inúmeras lojas de diferentes marcas, inclusive com variedades de preços entre concorrentes do mesmo segmento, facilitando, assim, a busca por melhores preços por parte dos consumidores.

Como funciona um marketplace?

Um marketplace é dividido em dois níveis de acesso: um para o lojista e outro para o cliente. Dessa forma, o lojista tem a oportunidade de customizar o seu mix de produtos ofertados e lidar com a organização do marketplace. 

Enquanto isso, para o cliente, é como acessar uma loja virtual comum, com a diferença de que existem várias opções de produtos em apenas um lugar, mas de empresas diferentes. 

Os empreendedores que aderem a um marketplace não precisam se preocupar com detalhes de um site como: registro, hospedagem e formatação da plataforma. Devem somente cadastrar seus produtos, responder às dúvidas dos clientes e enviar os produtos para o endereço dos compradores. 

Além disso, reúne todos os vendedores virtuais no mesmo ambiente e centraliza a função de pagamento. Assim, o procedimento para fechar uma venda é semelhante a dos outros comércios eletrônicos. Não é necessário que o cliente seja redirecionado para a página de cada loja e, se ele comprar produtos de diferentes vendedores, poderá fazer um pagamento único local. 

Quais as vantagens ao investir neste modelo de negócio?

O marketplace é uma ótima alternativa tanto para quem quer começar a investir no mercado das vendas online, quanto para aqueles empreendedores experientes, que sentem a necessidade de ampliar o seu negócio. 

Ter uma plataforma com boa funcionalidade, construir uma presença online, fazer anúncios qualificados e saber vender são passos básicos para um comércio eletrônico. A fórmula parece simples, mas o esforço em cada etapa é grande, e nem todos os gestores estão preparados para enfrentar estes desafios.

Por isso, adotar um marketplace é vantajoso para a estratégia do negócio. Conheça mais alguns benefícios:

Visibilidade

É mais fácil atrair o público para um website que conta com diversas marcas e produtos do que para um e-commerce de apenas uma loja. Portanto, ganha-se visibilidade através da divulgação feita pelo o marketplace. 

Geralmente, os marketplaces são marcas conhecidas que possuem uma alta visibilidade na internet, além das mídias tradicionais. Isso garante um maior número de visitantes no site, aumentando a possibilidade de mais pessoas tomarem conhecimento do seu produto e comprá-lo. 

Baixo investimento

Custos oriundos de um e-commerce são eliminados quando a venda é realizada por meio de um marketplace. Desenvolvimento de um site, custos com plataformas de pagamento e segurança, além de toda parte de marketing e atendimento. Afinal, manter uma loja online não descarta custos com colaboradores ou terceirizações de algumas atividades. 

Como já mencionamos, o marketplace assume todos esses gastos. O único trabalho do empreendedor é lançar os produtos, responder aos clientes e, obviamente, entregar os seus produtos.  

Diversificação de público

O público que acessa o marketplace é muito variado e com localizações geográficas bem dispersas. Ou seja, muitos deles nunca procurariam pela sua loja. Mas, ao ver os produtos todos em um mesmo lugar, podem acabar se interessando.

O que possibilita uma loja do interior de Minas Gerais vender para uma pessoa que mora na Grande São Paulo, ampliando seu raio de vendas. 

Como é o processo de venda no marketplace?

O primeiro passo para iniciar nesse modelo é escolher uma plataforma para cadastrar a sua loja. Atualmente, o Brasil possui alguns grandes marketplaces como B2W, Magalu e Mercado Livre. O ideal é pesquisar e avaliar qual se adequa melhor a finalidade do seu negócio. 

No momento do cadastro é comum as empresas solicitarem informações como: CNPJ da empresa, segmento dos produtos que a empresa vai comercializar, contatos comerciais e endereço do site.

Também será solicitado uma série de documentos importantes para aprovação, podendo variar de acordo com o marketplace, veja alguns deles:

  • Inscrição Estadual e situação cadastral da empresa na Receita Federal (comprovantes);
  • Certidão Negativa de débitos tributários e de débitos previdenciários;
  • Consulta pública ao Cadastro do Estado;
  • Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas – CNDT;
  • Declaração do regime de tributação.

Após o envio da documentação, vem a aprovação. Às vezes, ela é automática, outras o processo é mais burocrático. Se aprovado, o próximo passo é a liberação da área do vendedor para enviar os dados dos produtos que serão vendidos.

Em seguida, o processo de vendas acontece da seguinte forma:

  • O marketplace divulga seus produtos;
  • O cliente faz a compra via o site do marketplace;
  • Você recebe os dados dos pedidos aprovados e realiza a entrega;
  • O marketplace faz o repasse das transações de venda do mês, descontando o percentual dele (que geralmente é negociado no momento da aprovação).

É importante ressaltar que esse processo pode variar de acordo com cada marketplace, seja na aprovação do cadastro ou na porcentagem do repasse da venda. Por isso, é importante realizar a pesquisa para ver qual plataforma vai se adequar melhor aos seus objetivos.

Conclusão 

O marketplace como qualquer outro modelo de negócio possui as suas vantagens e desvantagens, tudo deve ser avaliado de acordo com sua estratégia de negócio. Ser cadastrado em uma plataforma não exclui o fato de poder ter o seu próprio e-commerce, por exemplo. 

Não menos importante, é bom lembrar que você ainda precisará lidar com algumas questões que envolvem o processo de venda e logística. O marketplace não é responsável por fazer a sua gestão de estoque ou organizar o despacho da mercadoria. Por isso, a importância de se atentar em todo o ciclo de vendas. 

A gestão de entregas é um dos pontos cruciais para que os seus produtos sejam entregues dentro do prazo e garanta a satisfação do cliente. Quer saber mais sobre o assunto, leia o nosso artigo “Atraso na entrega: como isso afeta a satisfação do cliente” e aprenda como otimizar o seu processo logístico.