Marketplace: como usar o canal para vender food delivery

marketplace

O marketplace virou um canal de compras bem utilizado pelos brasileiros. Segundo a Ebit|Nielsen, somente em 2020, este meio faturou R$ 81 bilhões. Assim, essas plataformas já representam cerca de 78% das vendas online no país

Portanto, o marketplace é uma boa opção para as empresas que desejam aumentar suas vendas. Quando falamos do segmento de food pode parecer estranho explorar este canal. Mas isso é mais comum do que se imagina. 

Por isso, neste artigo vamos mostrar como é possível investir no marketplace para o setor de food service. Continue a leitura! 

O crescimento da categoria de alimentos e bebidas no e-commerce

O e-commerce ganhou a preferência do consumidor, por ser um espaço que proporciona uma experiência diferenciada de compra, com maior praticidade e agilidade. Por isso, cada vez vemos mais empresas indo do mundo físico para o virtual. 

A pandemia mudou bastante o hábito do consumidor, comprar comida pela internet foi uma dessas “novidades”. Uma pesquisa publicada pelo site G1, afirma que a comida por delivery e supermercado são categorias que mais cresceram durante o isolamento social. E não se engane, essa é uma tendência que veio para ficar.

Quando falamos de food delivery, os gastos somaram R$ 40,5 bilhões em 2021, representando 24% a mais que o ano anterior, segundo estudo feito pela GS&NPD, em parceria com o Instituto Food Service Brasil. A pesquisa aponta ainda que o tráfego total de visitantes em sites e aplicativos da categoria subiu 13%, para 2,2 bilhões de acessos.

Segundo uma projeção feita pela empresa Neotrust – responsável pelo monitoramento do e-commerce brasileiro – mostrou que o varejo online deve crescer cerca de 9%, atingindo um faturamento recorde de R$ 174 bilhões neste ano.

A expectativa é que os pedidos pela Internet aumentem em 8%, totalizando 379 milhões de compras. Entre as categorias que devem mais crescer estão eletrônicos (21%), eletroportáteis (19%) e alimentos e bebidas (18%). 

Falando mais especificamente do segmento de alimentos, uma pesquisa feita pela Kantar Worldplane – empresa de consultoria internacional de varejo – os resultados apontam que até 2025 as compras online no segmento de varejo alimentar representarão 3% do volume total de vendas no Brasil.

A Kantar também revelou os tipos de produtos mais procurados. Essa é uma ótima referência para começar a planejar suas vendas.

  • Produtos frescos – 0,6%
  • Bebidas – 0,4%
  • Alimentos – 1,1%
  • Lácteos – 1,1%
  • Alimento para cães/gatos – 2,4%
  • Limpeza – 9,2%
  • Cuidados pessoais – 62,3%
  • Outros: 22,9%

Em um mercado cada vez mais complexo, inserir produtos alimentícios para o seu e-commerce pode ser uma tendência para deixar o seu negócio mais competitivo e se destacar dos concorrentes. 

O que é um marketplace?

Agora que entendeu melhor sobre o panorama do mercado online, vamos entender o conceito de marketplace. 

Basicamente, o marketplace é um site onde diversas empresas podem divulgar e vender seus produtos, como se fosse um shopping virtual. Sua diferença para um e-commerce tradicional é que, neste caso, há vinculação apenas a uma marca ou dono, enquanto que o marketplace reúne inúmeras lojas de diferentes marcas. 

As empresas que desejam associar a sua marca há algum marketplace, ela terá algumas vantagens como: contar com uma estrutura pronta de site, meios de pagamentos, maior visibilidade e alcance de público. 

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Vantagens e desvantagens dos marketplaces e canal próprio de delivery

Hoje é mais comum o uso de aplicativos de comida, o Ifood e 99Food são bons exemplos de marketplaces no segmento de food delivery. Porém, estar presente com sua marca é uma decisão tanto quanto estratégica. A seguir, conheça os prós e contras de cada um deles.

Marketplaces

O grande ponto positivo de ter sua marca em um desses app é a visibilidade e geração de tráfego. Em resumo, trazer mais clientes para o seu negócio. 

E o outro lado da moeda, seria alta concorrência e as taxas cobradas em cada um deles. Confira um quadro comparativo com alguns prós e contras do marketplace. 

marketplace food deliveryFonte: Food Connection

Uma opção é diversificar a presença da sua marca em mais de um aplicativo. Assim, você não ficará dependente apenas de uma empresa e as especificidades da sua plataforma.

Canal próprio de delivery

Ter o próprio canal de delivery pode ter algumas vantagens como o custo baixo e o alto nível de personalização da sua loja. Porém, é necessário estar atento em alguns pontos. 

A primeira questão é que fazer com que seu público conheça seu canal requer investimento em marketing, principalmente, no meio online. Outro ponto é escolher a tecnologia certa. 

Afinal, os grandes marketplaces tem muito investimento nas suas plataformas, sendo ferramentas fáceis de usar. Já um eventual canal próprio, se não for tão conhecido, pode ser uma ferramenta barata, mas ruim de ser utilizada. Além de poder acontecer erros de sistemas, precisando ser corrigidos de forma rápida. 

Veja os prós e contras do canal próprio:

canal proprio de deliveryFonte: Food Connection

Como podemos notar, cada canal tem suas vantagens e funcionalidades. O ideal é aproveitar o melhor de cada um deles, alinhando com a estratégia do seu negócio. 

Por outro lado, nada te impede de ter uma estratégia multicanal e utilizar ambos. Por exemplo, você pode captar novos consumidores pelos marketplaces e atraí-los para o seu app próprio.

Bônus: dicas para planejar vendas de alimentos em marketplace

Agora se você não trabalha diretamente com o mercado de delivery, mas deseja vender alimentos pela internet é preciso ter um bom planejamento. Por isso, listamos algumas dicas para ter sucesso em suas vendas:

  • Armazenamento: adeque o local de armazenamento dos seus produtos, mantenha os locais bem higienizados, arejados e com temperatura ideal. O local conservará bem os produtos para manter a qualidade aos seus clientes.
  • Entrega: dependendo do tipo de produto e do quão perecível ele é, será importante restringir a entrega por regiões, devido ao período desse processo. Também é relevante contar com serviços de transporte de qualidade como transportadores e Correios, que pode ofertar serviços especiais para quem trabalha com e-commerces.
  • Rapidez: desde produtos perecíveis ou não, os alimentos precisam ser entregues rapidamente ao cliente. É relevante ter uma gestão de entregas rápida, pois a agilidade é um grande diferencial para o perfil de quem compra online.
  • Cadastro nos Marketplaces: é importante ressaltar bem as informações do seu produto, fotos, mostrar todas suas características,  estabelecendo uma relação de confiança com seus clientes. 

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Marketplace: o que é e como funciona este modelo de negócio

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O Marketplace pode ser definido como um shopping virtual, no qual diversos lojistas dividem a mesma plataforma. Ele funciona como um portal de vendas online colaborativo. 

Esse é um modelo de negócio que já é uma tendência e as principais empresas do mundo adotaram, em especial os varejistas. O marketplace é um instrumento para auxiliar os empresários a venderem mais no meio online. 

Isso acontece porque abre possibilidades para milhares de pessoas se tornarem empreendedoras, vendendo produtos ou serviços pela internet sem a necessidade de possuir uma loja física ou um grande investimento inicial. Além de ser um meio para ampliar a divulgação de quem já faz vendas online. 

Continue a leitura e descubra o porquê esse modelo de negócio está tanto em alta na mercado!  

Panorama do mercado de vendas online 

Em cenários econômicos adversos, como a pandemia, o brasileiro intensificou o seu lado empreendedor. Uma comprovação é que o país está entre os líderes quando falamos em quantidade de empreendedores. Quase 40% da população adulta faz parte dessa fatia de atuação profissional, representando 53,4 milhões de pessoas. 

Com a mudança do comportamento e perfil de compra dos consumidores, muitas dessas empresas migraram sua operação para o digital ou adicionaram o canal de venda online à sua estratégia de negócio.  Segundo a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), 150 mil novas lojas virtuais foram abertas entre os meses de março e julho de 2020.

Cerca de 80% dos novos empreendimentos optaram por vender em grandes plataformas de marketplace, como Amazon, Magazine Luiza, Americanas e Mercado Livre. Por isso, esse modelo de negócio é uma peça-chave para os lojistas que vendem online. 

Os números não deixam dúvidas, somente no ano passado, este mercado movimentou mais de R$ 200 bilhões, com perspectivas de de 20% de crescimento para 2021. Contudo, para obter resultados expressivos, é preciso se atentar aos detalhes de cada canal de venda digital, uma vez que cada um possui suas particularidades. 

A seguir, explicaremos como funciona um marketplace. 

O que é um marketplace?

O marketplace não é exatamente uma novidade no mercado. No Brasil, começou a ser mais difundido em 2012, mas ainda é um termo recente para os consumidores. 

Marketplace é, na realidade, uma junção de palavras: market (mercado, em inglês) e place (lugar, em inglês). É, basicamente, um lugar onde se faz comércio. O termo, em sua essência, é usado tanto para mercados de rua e feiras, quanto para os mercados virtuais e de negócios.

Em resumo, o marketplace é um site ou plataforma onde diversas empresas podem divulgar e vender seus produtos, como se fosse um shopping virtual, na qual os vendedores realizam ofertas para um público indeterminado de compradores.

Sua diferença para um e-commerce tradicional é que, neste caso, há vinculação a apenas uma marca ou dono, enquanto que o marketplace reúne inúmeras lojas de diferentes marcas, inclusive com variedades de preços entre concorrentes do mesmo segmento, facilitando, assim, a busca por melhores preços por parte dos consumidores.

Como funciona um marketplace?

Um marketplace é dividido em dois níveis de acesso: um para o lojista e outro para o cliente. Dessa forma, o lojista tem a oportunidade de customizar o seu mix de produtos ofertados e lidar com a organização do marketplace. 

Enquanto isso, para o cliente, é como acessar uma loja virtual comum, com a diferença de que existem várias opções de produtos em apenas um lugar, mas de empresas diferentes. 

Os empreendedores que aderem a um marketplace não precisam se preocupar com detalhes de um site como: registro, hospedagem e formatação da plataforma. Devem somente cadastrar seus produtos, responder às dúvidas dos clientes e enviar os produtos para o endereço dos compradores. 

Além disso, reúne todos os vendedores virtuais no mesmo ambiente e centraliza a função de pagamento. Assim, o procedimento para fechar uma venda é semelhante a dos outros comércios eletrônicos. Não é necessário que o cliente seja redirecionado para a página de cada loja e, se ele comprar produtos de diferentes vendedores, poderá fazer um pagamento único local. 

Quais as vantagens ao investir neste modelo de negócio?

O marketplace é uma ótima alternativa tanto para quem quer começar a investir no mercado das vendas online, quanto para aqueles empreendedores experientes, que sentem a necessidade de ampliar o seu negócio. 

Ter uma plataforma com boa funcionalidade, construir uma presença online, fazer anúncios qualificados e saber vender são passos básicos para um comércio eletrônico. A fórmula parece simples, mas o esforço em cada etapa é grande, e nem todos os gestores estão preparados para enfrentar estes desafios.

Por isso, adotar um marketplace é vantajoso para a estratégia do negócio. Conheça mais alguns benefícios:

Visibilidade

É mais fácil atrair o público para um website que conta com diversas marcas e produtos do que para um e-commerce de apenas uma loja. Portanto, ganha-se visibilidade através da divulgação feita pelo o marketplace. 

Geralmente, os marketplaces são marcas conhecidas que possuem uma alta visibilidade na internet, além das mídias tradicionais. Isso garante um maior número de visitantes no site, aumentando a possibilidade de mais pessoas tomarem conhecimento do seu produto e comprá-lo. 

Baixo investimento

Custos oriundos de um e-commerce são eliminados quando a venda é realizada por meio de um marketplace. Desenvolvimento de um site, custos com plataformas de pagamento e segurança, além de toda parte de marketing e atendimento. Afinal, manter uma loja online não descarta custos com colaboradores ou terceirizações de algumas atividades. 

Como já mencionamos, o marketplace assume todos esses gastos. O único trabalho do empreendedor é lançar os produtos, responder aos clientes e, obviamente, entregar os seus produtos.  

Diversificação de público

O público que acessa o marketplace é muito variado e com localizações geográficas bem dispersas. Ou seja, muitos deles nunca procurariam pela sua loja. Mas, ao ver os produtos todos em um mesmo lugar, podem acabar se interessando.

O que possibilita uma loja do interior de Minas Gerais vender para uma pessoa que mora na Grande São Paulo, ampliando seu raio de vendas. 

Como é o processo de venda no marketplace?

O primeiro passo para iniciar nesse modelo é escolher uma plataforma para cadastrar a sua loja. Atualmente, o Brasil possui alguns grandes marketplaces como B2W, Magalu e Mercado Livre. O ideal é pesquisar e avaliar qual se adequa melhor a finalidade do seu negócio. 

No momento do cadastro é comum as empresas solicitarem informações como: CNPJ da empresa, segmento dos produtos que a empresa vai comercializar, contatos comerciais e endereço do site.

Também será solicitado uma série de documentos importantes para aprovação, podendo variar de acordo com o marketplace, veja alguns deles:

  • Inscrição Estadual e situação cadastral da empresa na Receita Federal (comprovantes);
  • Certidão Negativa de débitos tributários e de débitos previdenciários;
  • Consulta pública ao Cadastro do Estado;
  • Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas – CNDT;
  • Declaração do regime de tributação.

Após o envio da documentação, vem a aprovação. Às vezes, ela é automática, outras o processo é mais burocrático. Se aprovado, o próximo passo é a liberação da área do vendedor para enviar os dados dos produtos que serão vendidos.

Em seguida, o processo de vendas acontece da seguinte forma:

  • O marketplace divulga seus produtos;
  • O cliente faz a compra via o site do marketplace;
  • Você recebe os dados dos pedidos aprovados e realiza a entrega;
  • O marketplace faz o repasse das transações de venda do mês, descontando o percentual dele (que geralmente é negociado no momento da aprovação).

É importante ressaltar que esse processo pode variar de acordo com cada marketplace, seja na aprovação do cadastro ou na porcentagem do repasse da venda. Por isso, é importante realizar a pesquisa para ver qual plataforma vai se adequar melhor aos seus objetivos.

Conclusão 

O marketplace como qualquer outro modelo de negócio possui as suas vantagens e desvantagens, tudo deve ser avaliado de acordo com sua estratégia de negócio. Ser cadastrado em uma plataforma não exclui o fato de poder ter o seu próprio e-commerce, por exemplo. 

Não menos importante, é bom lembrar que você ainda precisará lidar com algumas questões que envolvem o processo de venda e logística. O marketplace não é responsável por fazer a sua gestão de estoque ou organizar o despacho da mercadoria. Por isso, a importância de se atentar em todo o ciclo de vendas. 

A gestão de entregas é um dos pontos cruciais para que os seus produtos sejam entregues dentro do prazo e garanta a satisfação do cliente. Quer saber mais sobre o assunto, leia o nosso artigo “Atraso na entrega: como isso afeta a satisfação do cliente” e aprenda como otimizar o seu processo logístico.