Black Friday 2021: registra crescimento no e-commerce e no varejo físico

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As expectativas eram altas para a Black Friday 2021, mesmo com o crescimento nas vendas, os números não atingiram o esperado quando falamos do comércio eletrônico. Por outro lado, o varejo físico vendeu mais do que no ano passado. 

A inflação e a baixa margem de desconto contribuíram para um consumidor mais retraído nas compras. Veja como foram os números da Black Friday 2021.

Cenário econômico e o comportamento do consumidor

Com a inflação alta e renda baixa, o consumidor ficou mais apreensivo em gastar. Esse Além do mercado com a insegurança causada pela Ômicron nova variante do Coronavírus, apontam também para um Natal mais retraído. 

O que aconteceu é que os consumidores decidiram priorizar nesta Black Friday compras de primeira necessidade e menor valor, deixando de lado os bens duráveis. Confira abaixo um trecho da entrevista realizada com Fabio Bentes, economista sênior da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) publicada no site da Folha de São Paulo.

“Foi uma Black Friday mais fraca, em termos de volume de vendas. A gente esperava um aumento de 10% na circulação e se observou um aumento de 5%. O faturamento maior se deveu à alta de preços, diante da inflação e da desvalorização do real. ” 

Segundo Bentes, a inflação deste ano dificultou para o comércio emplacar descontos maiores para os consumidores. A CNC aponta que, no ano passado, 46% dos produtos mais buscados na Black Friday tinham potencial alto de desconto. Este ano, apenas 26% atingiram essa margem. 

Leia mais: Veja quais eram as expectativas para a Black Friday de 2021.

Os números da Black Friday 2021

Segundo a Cielo-ICVA – Índice Cielo do Varejo Ampliado, o varejo registrou um crescimento de 6,3% no faturamento nominal em comparação com 2020. O e-commerce teve alta de 15,3% e o varejo físico cresceu 2%. Os números se referem às vendas do dia 26 de novembro deste ano em comparação com 27 de novembro de 2020.

De acordo com o site E-commerce Brasil, considerando o período de 25 e 26 de novembro da Black Friday, o varejo total teve crescimento de 7,8% no faturamento nominal em comparação com 2020 (dias 26 e 27 de novembro). O comércio eletrônico avançou 13,8% em igual comparação e o físico, 4,9%. Nesse período acumulado, o varejo registrou, em termos nominais, um faturamento 1,5% inferior ao de 2019, segundo o ICVA.

Diferente do ano passado, o setor de Turismo e Transportes registrou um aumento de 54,8% em relação a 2020, onde houve uma grande queda. Materiais para construção recuou em 8,2%. No período, a região Sul também apresentou o maior crescimento no faturamento nominal, com alta de 9,3% em relação aos dias 26 e 27 de novembro de 2020.

Índice de reclamações na Black Friday 2021

Desde o início do monitoramento do Reclame AQUI, às 12h de quarta-feira (24/11), até as 6h da sexta-feira (26/11), data oficial do evento, os consumidores já registraram 5.678 reclamações na Black Friday 2021. As informações são do Reclame AQUI. O volume é 17% maior que o mesmo período da edição de 2020. 

Confira o primeiro balanço do Reclame AQUI da Black Friday 2021:

Empresas com mais reclamações

  • Americanas Marketplace: 272
  • Amazon: 262
  • Magazine Luiza (loja online): 146
  • Americanas (loja online) 139
  • Carrefour (loja online): 128
  • Etna Home Store: 121
  • Mercado Livre: 85
  • Casas Bahia (loja online): 77
  • iFood: 69
  • KaBum: 69

Produtos que geraram mais reclamações

  • Smartphones: 8,08% das reclamações
  • Serviços de entregas: 5,48%
  • Tênis: 4,14%
  • Cartão de crédito 3,34%
  • Livros 2,84%

Principais problemas registrados pelos consumidores

  • Atraso na entrega: 20,88% das reclamações
  • Propaganda enganosa: 16,59%
  • Estorno do valor pago: 8,82%
  • Produto errado: 6,15%
  • Problemas na finalização da compra: 5,99%

Fonte: Reclame AQUI.

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