A Black Friday foi marcada pela retomada do setor de Turismo, compra de primeira necessidade e menor valor.
Black Friday 2021: registra crescimento no e-commerce e no varejo físico
Publicado em
30 de novembro de 2021
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As expectativas eram altas para a Black Friday 2021, mesmo com o crescimento nas vendas, os números não atingiram o esperado quando falamos do comércio eletrônico. Por outro lado, o varejo físico vendeu mais do que no ano passado.
A inflação e a baixa margem de desconto contribuíram para um consumidor mais retraído nas compras. Veja como foram os números da Black Friday 2021.
Cenário econômico e o comportamento do consumidor
Com a inflação alta e renda baixa, o consumidor ficou mais apreensivo em gastar. Esse Além do mercado com a insegurança causada pela Ômicron nova variante do Coronavírus, apontam também para um Natal mais retraído.
O que aconteceu é que os consumidores decidiram priorizar nesta Black Friday compras de primeira necessidade e menor valor, deixando de lado os bens duráveis. Confira abaixo um trecho da entrevista realizada com Fabio Bentes, economista sênior da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) publicada no site da Folha de São Paulo.
“Foi uma Black Friday mais fraca, em termos de volume de vendas. A gente esperava um aumento de 10% na circulação e se observou um aumento de 5%. O faturamento maior se deveu à alta de preços, diante da inflação e da desvalorização do real. ”
Segundo Bentes, a inflação deste ano dificultou para o comércio emplacar descontos maiores para os consumidores. A CNC aponta que, no ano passado, 46% dos produtos mais buscados na Black Friday tinham potencial alto de desconto. Este ano, apenas 26% atingiram essa margem.
Leia mais: Veja quais eram as expectativas para a Black Friday de 2021.
Os números da Black Friday 2021
Segundo a Cielo-ICVA – Índice Cielo do Varejo Ampliado, o varejo registrou um crescimento de 6,3% no faturamento nominal em comparação com 2020. O e-commerce teve alta de 15,3% e o varejo físico cresceu 2%. Os números se referem às vendas do dia 26 de novembro deste ano em comparação com 27 de novembro de 2020.
De acordo com o site E-commerce Brasil, considerando o período de 25 e 26 de novembro da Black Friday, o varejo total teve crescimento de 7,8% no faturamento nominal em comparação com 2020 (dias 26 e 27 de novembro). O comércio eletrônico avançou 13,8% em igual comparação e o físico, 4,9%. Nesse período acumulado, o varejo registrou, em termos nominais, um faturamento 1,5% inferior ao de 2019, segundo o ICVA.
Diferente do ano passado, o setor de Turismo e Transportes registrou um aumento de 54,8% em relação a 2020, onde houve uma grande queda. Materiais para construção recuou em 8,2%. No período, a região Sul também apresentou o maior crescimento no faturamento nominal, com alta de 9,3% em relação aos dias 26 e 27 de novembro de 2020.
Índice de reclamações na Black Friday 2021
Desde o início do monitoramento do Reclame AQUI, às 12h de quarta-feira (24/11), até as 6h da sexta-feira (26/11), data oficial do evento, os consumidores já registraram 5.678 reclamações na Black Friday 2021. As informações são do Reclame AQUI. O volume é 17% maior que o mesmo período da edição de 2020.
Confira o primeiro balanço do Reclame AQUI da Black Friday 2021:
Empresas com mais reclamações
- Americanas Marketplace: 272
- Amazon: 262
- Magazine Luiza (loja online): 146
- Americanas (loja online) 139
- Carrefour (loja online): 128
- Etna Home Store: 121
- Mercado Livre: 85
- Casas Bahia (loja online): 77
- iFood: 69
- KaBum: 69
Produtos que geraram mais reclamações
- Smartphones: 8,08% das reclamações
- Serviços de entregas: 5,48%
- Tênis: 4,14%
- Cartão de crédito 3,34%
- Livros 2,84%
Principais problemas registrados pelos consumidores
- Atraso na entrega: 20,88% das reclamações
- Propaganda enganosa: 16,59%
- Estorno do valor pago: 8,82%
- Produto errado: 6,15%
- Problemas na finalização da compra: 5,99%
Fonte: Reclame AQUI.
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