Conheça a nova tecnologia proposta pela Abrasel que irá organizar e padronizar o fluxo de informações do serviço de delivery.
Open delivery: o que é e como esta tecnologia vai impactar o mercado?
Publicado em
20 de setembro de 2021
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O mercado de delivery vem crescendo bastante nos últimos anos, principalmente, em 2020 com a pandemia. Muitas empresas se viram obrigadas a adotar esta modalidade de venda, porém esse avanço não foi acompanhado por uma melhoria no ambiente de negócios.
Pensando neste cenário, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), começou neste mês de setembro com discussões sobre a retomada do food service pós-pandemia. Um dos destaques foi o lançamento da tecnologia Open Delivery, encomendada pela entidade para organizar e padronizar o fluxo de informações entre restaurantes, canais de vendas e sistema de gestão.
Qual é a relevância dessa inovação e como ela impacta no mercado de delivery? Continue a leitura deste artigo para entender melhor!
O cenário atual do mercado de delivery
Com a concorrência crescendo do lado dos comerciantes e o aumento do número de aplicativos de delivery surgindo, ficou ainda mais evidente a competição por espaço nesse segmento. Não esquecendo, é claro, do consumidor que está a cada dia mais digitalizado.
Este mercado é formado por diferentes atores: plataformas e aplicativos, que funcionam como um marketplace para quem deseja vender seus alimentos; há os restaurantes e bares, que gerenciam o fluxo de refeições; os entregadores com sua logística de entregas; sistema que aceitam diferentes formas de pagamento; e por fim, o cliente.
São diversas facetas que precisam ser bem gerenciadas. Até então, cada plataforma de delivery fazia tudo do seu jeito, com seus próprios softwares de gestão e tratamento de dados. Por exemplo, um restaurante que aderir ao Ifood, precisa fazer um cadastro, mas se quiser estar na Rappi, precisa repetir o processo com alguns diferenciais.
Pensando em termos de tecnologia, não há uma congruência entre as informações das plataformas. Isso resulta em muita complexidade para as empresas, não somente com os dados do pedido, mas com cardápios, endereços de entrega, meio de pagamentos, entre outros.
Foi pensando neste cenário que foi proposto a implementação da tecnologia de open delivery, que iremos explicar no próximo tópico.
O que é open delivery?
O open delivery surgiu com intuito de resolver o desafio de organizar e padronizar o fluxo de informações entre restaurantes, canais de vendas – aplicativos e marketplaces – e sistemas de gestão. Assim, todas as informações de cardápio e pedidos seriam uniformizadas e as solicitações de clientes recebidas em um único lugar, permitindo uma melhor gestão de pedidos do restaurante e a viabilização de trabalhar com mais parceiros, como explica no site da Abrasel.
O Open Delivery permitirá que o ecossistema de empresas que atuam com entrega de comida permita que outras empresas como, por exemplo, varejo, telefonia e meios de pagamento, se juntem a elas. O padrão também reduz a ineficiência no ambiente de delivery, como perdas de pedidos ou demora na entrega, permitindo redução de custos.
Concorrência mais justa para o setor
A padronização das informações vai além do aumento da eficiência deste modelo de prestação de serviços. Hoje, existe uma concentração de poder na mão de alguns aplicativos de delivery. Além disso, para se destacar ou conseguir uma vantagem competitiva, os empresários pagam altas taxas para estar presente nestes app populares.
Para Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, o open delivery irá trazer uma concorrência mais justa para o mercado. “Se você tem um player que domina mais da metade do mercado, cria-se uma dependência muito grande dele, como é o caso do iFood. A Abrasel viu isso e com o open delivery espera tirar esse padrão do iFood, para que outras plataformas consigam participar”, argumenta no site da entidade.
Além de facilitar a conexão e poupar tempo dos estabelecimentos , isso traz mais competição e, portanto, mais produtividade e eficiência para o delivery. Se tornando uma solução mais democrática e inclusiva, segundo o presidente da Abrasel.
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As vantagens do open delivery
A integração de dados do delivery promete alguns benefícios para as empresas, confira alguns deles!
Mais facilidade nas conexões: Com um modelo aberto, a troca e transferência de dados dos restaurantes fluirá mais facilmente entre plataformas, facilitando a gestão e o controle por parte do estabelecimento.
Mais visibilidade e presença digital: um estabelecimento pequeno que antes estava em apenas um aplicativo poderá estar em todos de forma simples. Isso também possibilita uma melhor administração da presença digital e do estabelecimento de uma estratégia multicanal.
E quem decidir usar canais próprios, como aplicativos white label (aplicativos prontos que são customizados para um estabelecimento) fará isso de forma mais simples.
Gestão simplificada: alterações de cardápio ou atualizações da empresa ocorrerão em várias plataformas ao mesmo tempo. Sendo mais eficiente e ágil o trabalho de implantar e monitorar resultados.
Melhor logística: o novo modelo permite uma conexão direta, rápida e simples dos restaurantes com as empresas de entregas terceirizadas.
Taxas acessíveis: com mais espaço para concorrência, os preços cobrados pelas plataformas tendem a diminuir. Além disso, cria um ambiente de inovação que, ao longo do tempo, irá beneficiar a todos.
Quais os impactos das mudanças para o consumidor?
Pensando na experiência de compra, em termos de interface, não mudaria nada para o consumidor. Hoje ele entra no Uber Eats e escolhe o seu prato, a única diferença é que ele teria mais opções. Por exemplo, ele poderia entrar no site do Magazine Luiza e pedir uma refeição também, caso essas empresas desenvolvessem esse tipo de negócio.
Na prática, essa integração entre aplicativos de entregas e restaurantes vai permitir que o consumidor, ao procurar em buscadores um tipo de prato, encontre o mesmo item por preços diferentes. “Como a Abrasel não vai interferir na negociação entre as empresas, um restaurante pode continuar a parceria com o delivery que já usa hoje e cobrar R$ 10 do cliente final, por exemplo. Mas pode também fechar uma parceria com outra empresa que cobra menos taxas e, assim, cobrar R$ 8 no mesmo prato”, exemplificou Solmucci ao InfoMoney.
Por outro lado, a responsabilidade de venda e entrega é da empresa que fizer o delivery ao cliente final, cobrando do restaurante a taxa acordada previamente entre eles.
O que achou dessas mudanças? Deixe sua opinião nos comentários. Então, para saber mais sobre o open delivery, clique aqui e acesse o site exclusivo da Abrasel sobre essa tecnologia.
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